domingo, 6 de novembro de 2016

Libertadores é Libertadores ou sobre a saudade

Em 1992, eu tinha dez anos. Eu me lembrava mal do controverso campeonato brasileiro de 1987. Me lembrava do jogo semifinal da Copa União, contra o Galo no Mineirão, com um gol da vitória de Renato Gaúcho, partida que eu assisti justamente na casa do meu tio que chama, coincidentemente, Renato. Mas de 92 eu lembro de tudo. Lembro do Flamengo ter aberto três a zero no primeiro jogo contra um favoritaço Botafogo e de ter feito dois a zero no segundo jogo, mas deixado o Glorioso empatar. Eu saí pelas ruas do Morro do Quadro, onde eu morava, para comemorar. Não tinha festa nem nada, só muito flamenguista feliz por lá (flamenguista em morro é mato...). Era o primeiro título brasileiro que eu via direito e a primeira classificação para a Libertadores.

Em 2001, eu já morava em Santa Lúcia. Depois de um ano nos Estados Unidos, eu voltava para o Brasil, justamente no dia em que o Flamengo ganhou a extinta Copa dos Campeões, que também valia vaga na Libertadores. Dada a minha volta, eu recebi muitos amigos na minha casa e a gente assistiu o jogo, que o Flamengo ganhou do São Paulo. Era a volta ao Brasil, vendo novamente o Flamengo ser campeão – tenham em mente que eu estava nos EUA quando Petkovic fez o famoso gol contra o Vasco e só pude ver o gol pela internet dias depois (outro tempo, outra internet...). Desde desse dia, essa história de se classificar para a Libertadores se tornou especial para mim.

Em 2006, eu estava em casa, em Santa Lúcia, e o Flamengo ganhou a copa do Brasil do Vasco. Na verdade, o primeiro jogo da final já indicava o título. Eu era presidente do comitê Vitória do AFS (organização de intercâmbio) e tive que ir buscar um intercambista francês que morava em São Mateus. Ele tinha vindo a Vitória para resolver alguma coisa na polícia federal e ia dormir na minha casa. No outro dia, Bellão levou ele na polícia. Perdi o comecinho do jogo indo à rodoviária, mas ainda pude ver bem o empate que levou à Libertadores de 2007.

Em 2007, eu mudei para Niterói e pude começar a frequentar o Maracanã. Vi vários jogos da Libertadores, mas o jogo mais interessante foi Flamengo 2 x Atlético-PR 1, que garantiu matematicamente o Fla na Libertadores de 2008. Assisti o jogo com Marcelo “Manel” na arquibancada e a gente tinha passado a tarde bebendo com os irmãos França, que viram o jogo no anel inferior, então chamado de “Geral Vip”.

O Flamengo voltou ser campeão brasileiro em 2009. Porém, na penúltima rodada, veio a tal vaga na Libertadores. O Flamengo ganhou do Corínthians em Campinas, por 2 a 0. O São Paulo era o líder do campeonato e a torcida do Timão exibia faixas de “entrega”; o goleiro Felipe do Corínthians não pulou na bola no pênalti do segundo gol do Flamengo. Eu estava na casa da minha namorada Kátia, que morava com a mãe. Eu tinha voltado para Vitória já, para a casa da minha mãe em Santa Lúcia, mas fui ver o jogo na casa da sogra. Libertadores e liderança, a casa da dona Maura dava sorte.

Em 2011, a tal namorada já havia se tornado esposa. Quando o Flamengo se classificou para a Libertadores, eu estava na casa de Cândido Lovatti assistindo Vasco x Fluminense, e torcendo por um bom resultado que garantisse o Flamengo no G5, na penúltima rodada do brasileiro. O resultado veio. Não me arrependo de não ter visto o jogo, o clássico entre o Vasco, que acabou vice-campeão, e o Fluminense, que acabou em terceiro, foi bem mais legal. Ainda me permitiu estar com os amigos. O Flamengo terminou o ano em quarto colocado e foram todos para o torneio continental.
Em 2013, depois de um novo período em Niterói, eu e Kátia está vamos voltando a Vitória. Eu decidi ficar em casa para assistir a final da Copa do Brasil entre Flamengo e Atlético-PR. A casa da sogra, havia se tornado minha casa também. O Flamengo empatou o primeiro jogo em Curitiba e venceu no Maracanã.

Numa conta num pouco complicada, a derrota do Fluminense classificou o Flamengo pra Libertadores 2017 hoje. São seis times que vão para a Libertadores pelo campeonato brasileiro, mais o campeão da copa do Brasil, que não entra nessa conta. Na pior das hipóteses (afora STJD...) o Flamengo pode terminar o campeonato em sétimo, mas isso significaria que os dois finalistas da copa do Brasil (Galo e Grêmio) ficariam na frente dele, o que faria que o Flamengo se classificasse mesmo assim como um dos seis do Brasileirão. Eu estava em casa, com minha esposa, vendo a goleada do Cruzeiro sobre o Fluminense. A Libertadores parece um prêmio de consolação pra quem sonhou em ser campeão. É estranho comemorar qualquer coisa quando o time não ganha a quatro jogos. Mas pra quem começou o campeonato fazendo conta pra chegar no 45 pontos e não ser rebaixado, 63 pontos faltando quatro jogos não parece tão mal.


Hoje eu me peguei fazendo essa conta e me lembrando dessas histórias. Me lembrei dos amigos e dos lugares. Por duas vezes, eu estava na casa da minha sogra, que me acolheu quando eu precisei, mas não mais. Depois de muito resistir, Dona Maura nos deixou no último dia 07. Faz um mês amanhã. A certidão de óbito apontava problema cardíaco, insuficiência renal, diabetes e hipertensão. Deixou de fora a infecção hospitalar e a osteoporose, mas acho que essa última não mata mesmo. Ela descansou. Mas vai fazer falta não poder ver o jogo na casa dela, porque ela era pé quente.

segunda-feira, 12 de maio de 2014

#Vaitereleição ou eleição é eleição

Não só vai ter Copa do Mundo, como vai ter eleição. Isso não só significa que vão gastar dinheiro público com adesivos de carro e camisetas pra dormir, nem só que vão roubar uma hora por dia das TVs abertas. Significa que você vai escolher. Não entre modelos de política pública, entre ideologias e visões de mundo, entre bons programas para educação e saúde ou qualquer outra coisa que importe para você. Você vai escolher entre pessoas. Pessoas que podem representar variações entre as coisas importantes, mas a escolha por grandes mudanças não está no seu cardápio. Vejamos então o que está no cardápio:

A eleição no Rio de Janeiro, por exemplo, é como uma grande fusão entre clássicos do cinema: Jason vs. Freddy Gruger misturado com Alien contra Predador. O susto é garantido. A boa notícia é que só um vai sair vivo. A má notícia é que você só vai poder se livrar dele daqui a mais quatro anos. A trilha sonora é Filme de Terror, de Sérgio Sampaio, que você pode ouvir clicando aqui.

No Espírito Santo, o Imperador quer voltar. Mas o Casão quer ficar. Parece que vamos ter um duelo de titãs ou coisa que o valha. Quem tiver mais garrafa vazia pra vender, vai levar. Parece também que a obviedade foi ficando em segundo plano nas contas políticas das pessoas no ES. Contas estranhas foram feitas, promessas impossíveis de serem cumpridas foram dadas como acertos.

Então, vamos às obviedades: o ES é um estado da federação. Implicações: longe de simplesmente fazerem o que querem, nossos políticos locais respondem a diretórios centrais de partidos com forte poder de pressão sobre eles. Como diria Raul Seixas, "é que lá de cima, lá da beira da piscina, olhando os simples mortais, das alturas fazem escrituras e não me perguntam se é pouco ou demais" (Judas, clique aqui para ouvir.) Lembrem-se de como, há quatro anos, a adesão do PSB à candidatura da Dilma interferiu frontalmente no cenário local.

Obviedade dois: numa eleição presidencial que parece que vai ser apertada, é tendência que os candidatos a presidente queiram caçar cada voto em cada estadinho perdido. Implicação: é bem possível que cada candidato a presidente queira um candidato a governador em cada estado para chamar de seu. E que esse candidato seja o mais forte o possível. Nisso aposta o azarão Guerino Balestrassi do PSDB. O que ele precisa provar é que é forte para carregar Aécio.

Por tudo isso me espanta a postura do PT local ao tentar apoiar um candidato a reeleição do PSB e a fala de Casagrande sustentada por meses de que permaneceria "neutro". Neutro nem o PH #trocadalhodocarilho. Parece que Casagrande, no discurso de semana passada, fez com os petistas como um pai ou um professor faz quando vai explicar que a vida é dura e tem coisas indesejadas, mas inescapáveis. Assim, ele explicou que ele é do PSB (pasmem, ele sempre foi do PSB) e que vai apoiar (cuidado para não cair para trás de tanto susto #ironia) o candidato a presidência do PSB. E completou falando grosso, no melhor estilo "quem não está comigo está contra mim".

Num blog sobre tautologia, tanta obviedade agrada. Pra completar, digo que a base aliada do governo federal precisa de um candidato. E PH, vem mesmo? Ele disse que vem. Fugir com o rabinho entre as pernas porque Casagrande rugiu não parece o estilo dele. Mas Hartung pensa umas jogadas na frente. Enquanto eu tô colhendo o milho, ele tá comendo bolo de fubá. Ainda acho que diante da investida do Casagrande, recuar pareceria medo. E se ele, que é o Imperador, está com medo, é porque está na hora de aposentar.

Na eleição presidencial, a novidade é o Eduardo Campos. Campos se cacifou, se organizou e vem que vem que vem quicando. Ele conta com a velha máxima maquiavélica de quem tem virtú atrai fortuna, que pode ser traduzida nos dizeres de Thomas Jefferson de que quando mais se trabalha mais sorte se tem ou do popular "Deus ajuda quem cedo madruga". De resto é isso aí. O que eu achei divertido mesmo até agora nas eleições presidenciais foram as caras e bocas:




Dudu Campos fica bonitinho de colar, né?

É isso aí, eleição é eleição.

Um abraço!

sábado, 7 de dezembro de 2013

Burrice é burrice

A liberdade de expressão é um valor inestimável. Não podemos de forma alguma abrir mão dela; é uma questão soberana. Mas o fato de que você pode dizer o que você quer, não quer dizer que o que você diga não seja burrice. Em situações como essa, eu sempre recorro a minha frase sobre a opinião: a opinião é como a bunda, cada um tem a sua, você precisa respeitar a dos outros e ninguém pode te impedir de dar a sua se você quiser. E vou acrescentar ainda: como a bunda existem opiniões firmes e opiniões cheias de buracos e mais, como a bunda, sai muito cocô das opiniões por aí.

O resumo da ópera é: apesar de cada um poder falar o que quiser, isso não significa que algumas das coisas ditas por aí não sejam burrices. Por exemplo:

1. Você pode dizer que 2 + 2 = 5, ou 2 + 2 =22, como a gente fazia na pegadinha infantil do meu tempo. Mas isso é burrice.

2. Você pode achar que racismo é uma invenção da cabeça das pessoas que tem mania de perseguição. Mas isso é burrice. Você pode ver o exemplo da foto abaixo ou pode lembrar do caso do menino que foi impedido de fazer rematrícula na escola por conta do cabelo crespo. A escola ainda disse que caía na frente do olho, como se cabelo crespo caísse. Existe, meu caro, acontece todo dia, está cientificamente provado. Dizer que eu estou imaginando isso é tão burro quanto dizer que 2 + 2 = 22.


3. Achar que ciência social é uma questão de opinião política. Bem, não é. Ciência social se constrói com longos estudos empíricos, a partir de teorias bem elaboradas e testes, tanto quanto às ciências naturais. Se você não entende, vá estudar. Se não concorda, pode descordar. É seu direito dizer que 2 + 2 = 22, apesar de ser burrice.

Então, muito cuidado com quem vocifera opiniões por aí. Tem muita gente defendendo burrice por aí a plenos pulmões, como se fosse bonitinho. Procure escutar quem estudou questões por anos a fio antes de falar alguma coisa, dê uma olhadinha nos currículos e tudo mais. Porque opinião é como a bunda, não é porque alguém tem que precisa dar. Mas burrice, meu caro, não passa de burrice.

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Botafogo é Botafogo

Esse post é para o meu afilhado. Ele tem cinco anos e um problema: torce pro Botafogo. Eu ia dizer um defeito, mas já é zoação de flamenguista e não me permitiria ajudar. Então, vamos pensar nisso como um problema.
Terça-feira de manhã, vou eu pegar a fila pra ver comprar ingressos pro jogo do Flamengo com o Botafogo - Copa do Brasil, jogo decisivo, quem ganhar leva, empate leva pros pênaltis. Quem é flamenguista já sabe, são três horas de fila. Eu decidi virar sócio torcedor por conta disso, mas dois tios vem ao Rio e querem ver o jogo, então, partiu fila.
Os ingressos já estão na mão, mas esse post não é sobre nada disso. É sobre o Botafogo. Do lado do Botafogo não tem fila. Porque do lado do Botafogo não tem fila? Vai saber de onde sai tanto pessimismo. Nesse sentido, Flamengo e Botafogo são opostos gritantes. Se aparece um menino das categorias de base do Flamengo que sabe bater na bola com o lado externo do pé e fazer três embaixadinhas, a torcida já diz que é craque. Se for branquinho e tiver o cabelo castanho claro pra loiro, é o novo Zico; se for pretinho é o novo Adílio. Se o Flamengo ganha duas seguidas a torcida já sonha em ser campeã. Se ganha a terceira, os mais fanáticos dizem "iihhh, deixou o Mengão chegar, já era..." e mesmo os mais racionais passam a mão na calculadora para ver quantos pontos faltam.
No Botafogo, tudo parece que vai dar errado, mesmo quando tem tudo pra dar certo. Lá a torcida vaiou o Seedorf (logo o Seedorf?), não lota o estádio, tem medo de não conseguir se sustentar no topo da tabela mesmo quando tá ganhando e, se bestar, num momento de raiva, diz que o Garrincha não jogava nada.
Eu tenho um afilhado que é botafoguense, quem eu amo de paixão. Ele é um botafoguense roxo e típico. Roxo porque só fala nisso. Típico porque é pessimista até a gota, fica pensando se o time vai tomar gol. Então aqui vão meus conselhos para ele e para esse mar de botafoguenses que não botam fé: Gabriel, meu filho, sai dessa. Pensa que o Botafogo vai ganhar (ou desiste de ser Botafogo, você é novo, seu pai vai entender; hehehe). Mas se você quiser mesmo ser Botafogo, acredita que o Rafael Marques vai meter um monte de gol, que o Jeferson é o maior goleiro que esse país tem e que vai pegar dois pênaltis, que o Seedorf é gênio do meio de campo e vai achar todos os furos na defesa adversária. Pensa até que, de repente, até o juiz vai ajudar. E Garrincha, meu filho, é Deus. Se alguém falar mal do Garrincha, você fica zangado (lembrando sempre que não pode bater em ninguém). E se disserem que ele era um bêbado, você diz que ele era um incompreendido, um herói popular. Diz também que ele foi o melhor jogador da copa de 1962, que o Brasil só ganhou por causa dele.
Pense positivo. Nós sempre seremos mais numerosos, mas dentro de campo são onze contra onze. Acredite até o fim. Porque Botafogo é Botafogo e tem coisas que só acontecem com o Botafogo. Só que nem eu aguento mais esse pessimismo todo.

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Burocracia é burocracia

Confesso que enrolei. Daquelas enroladas em que "amanhã eu vou" vira "no final da semana que vem" que se transforma em "deixa virar o mês". Até que um dia minha mãe perdeu a paciência: "Menino, vai desalienar e transferir o carro pro seu nome. AMANHÃ." Daí que eu tomei vergonha na cara e fui.
Quando eu chego lá, na entrada da vistoria, o atendente me pede para ver o recibo de compra e venda. Sem problemas, entrego o recibo. Ele olha e recibo e dispara: "o senhor tem que assinar o recibo e reconhecer firma."  Putz grila.
Vou atrás de um cartório. Eu estava longe de casa, consequentemente, longe do cartório onde eu tenho firma. Mas enfim, dinheiro é um pedaço de papel que só serve para a gente gastar: fiz um cartão de firma em um cartório qualquer e voltei para dar andamento na tal desalienação e transferência.
O rapaz do Detran que faz a vistoria checou o extintor, os pneus, o número do chassi, a seta e os faróis. E foi um ótimo dia para a lanterna do meu farol dianteiro direito queimar. Ok, mea culpa, mea maxima culpa, lanterna queimada não pode. Saio de novo para comprar uma lanterna.
Voltei, lanterna nova, farol funcionando, documento preenchido, tudo muito bom, tudo muito bem, é só pagar a dolorosa e ir embora, certo? Errado. Para o reconhecimento de firma ser válido, o cartório tem que preencher um sistema na internet. E o prazo para esse sistema estar atualizado é de quarenta e oito horas. "Volta daqui a dois dias..." - disse a moça que faz o trâmite do processo.
Veja você, que loucura. Eu já estava acostumado a eu não ser eu a menos que o cartório diga que eu sou eu e reconheça que aquela assinatura ali é minha. Mesmo que eu assinasse na frente do diretor do Detran, somente o cartório poderia dizer que aquela assinatura é de fato minha. Tudo bem. Mas agora não basta mais o carimbo do escrivão. Agora tem internet. E internet, você sabe, torna tudo mais rápido (ironic mode on). Que me resta senão voltar no prazo determinado? Burocracia é burocracia.
Deixo vocês com Asterix na casa de enloquecer.



terça-feira, 15 de outubro de 2013

Tautologia do dia: professor é professor

Hoje é dia do professor, então senta direito e faz silêncio. Presta atenção, que vai cair. Então vai estudar... hahaha. O professor é o malandro que continua falando, mesmo quando ninguém quer ouvir. Li essa bobagem em algum lugar uma vez. Mas tem um fundo de verdade, nesses tempos sombrios.
Como eu nunca parei de estudar, exceto pelo tempo em que fui professor, tive muito contato com a categoria, que foi minha e quem sabe um dia volte a ser. Alguns me inspiraram muito. Alguns me ensinaram a ter raiva da profissão. Outros me ensinaram a levar na maciota. A maioria se estrepava muito pra dar aula. É mais tempo de sala do que seria possível se preparar, é menos salário do que ele mereceria, especialmente na educação mais básica. E os professores hoje, especialmente no Rio de Janeiro, são quem fala isso. Mesmo quando os vereadores não querem mais escutar, quando o prefeito tá preocupado em fazer Olimpíada e em arrumar um jeito do Eike Batista ficar mais rico do que já é.
O fato é que professor é professor, mas dá aula melhor se tiver mais tempo para se preparar. Professor é professor e não pode parar de estudar nunca, então tem que ser incentivado a continuar sua formação. Professor é professor e portanto devia ser mais valorizado.

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Tautologia do dia: estupro é estupro

Se você enfia uma toca ninja, empunha um canivete, arrasta a mulher para um beco, é estupro.
Se a pessoa não tem idade ou saúde mental para conseguir formular o que é ato sexual, muito menos o que é consentimento, é estupro.
Se você coloca um boa noite cinderela na bebida da moça, é estupro.
Se a menina te chama pra ir na casa dela tomar um vinho e ouvir um Barry White, mas decide que não quer trepar, é estupro.
Se a mulher te chama pra ir pro motel, diz que paga a conta, mas chega lá e desiste, é uma infeliz, cachorra, ordinária e salafrária. Mas é estupro.
Se você é casado, tem namorada, companheira, ou se está num relacionamento sério ou engraçado, e a patroa decide fazer greve e não quer ceder, é estupro.
Estupro é estupro.

P.S.: da mesma forma, consentimento é consentimento...